condenado

tecido, amanharado no destino
sofrendo igual a um condenado
eu comecei, ainda, bem menino
a pagar no mundo os meus pecados...


pecados que eu não sei quais são!
nem quando estarei livre do castigo!
quem sabe, um dia, meu velho coração
não resista e quede-se atingido.


aí, então, o sofrimento terá fim
deixará, de, na vida, ser eterno
tomara que não exista, para mim,
em uma outra vida igual inferno...


porque se lá, além, na eternidade
eu ainda for destinada a padecer
não vou mais crer na divindade
de quem me deu duas vidas pra sofrer...